quinta-feira, 4, dezembro 2025
Click News
  • Home
  • Geral
  • Cidades
  • Economia
  • Política
  • Justiça
  • Brasil
  • Mundo
  • Esporte
  • Artigos
  • Polícia
  • Saúde
No Result
View All Result
  • Home
  • Geral
  • Cidades
  • Economia
  • Política
  • Justiça
  • Brasil
  • Mundo
  • Esporte
  • Artigos
  • Polícia
  • Saúde
No Result
View All Result
Click News
No Result
View All Result
Casa Mundo

Cabos submarinos viram alvo estratégico e expõem vulnerabilidade da infraestrutura digital global

Jeverson by Jeverson
2 de dezembro de 2025
in Mundo
0
Cabos submarinos viram alvo estratégico e expõem vulnerabilidade da infraestrutura digital global

Vista do “Arctic Fibre”, cabo submarino que liga Tóquio a Londres e integra uma das principais rotas globais de transmissão de dados. Foto: TE SubCom/Arctic Cable Company/picture alliance

Share on FacebookShare on Twitter

Rede que sustenta a internet mundial enfrenta riscos crescentes de sabotagem deliberada, em meio a disputas geopolíticas e avanço da guerra híbrida nos mares

Os cabos submarinos formam a base invisível da economia digital e da comunicação global. Estendidos pelo leito dos oceanos, eles conectam países e continentes e sustentam praticamente todo o fluxo mundial de dados. Segundo a plataforma especializada Total Telecom, cerca de 500 cabos desse tipo cruzavam os oceanos em 2021, somando aproximadamente 1,3 milhão de quilômetros. Desde então, essa malha continuou a se expandir.

“Toda a troca de informações global depende desses cabos”, afirma Johannes Peters, coordenador do Centro de Estratégia e Segurança Marítima da Universidade de Kiel, na Alemanha. Internet, sistemas de pagamento, transmissão de dados e comunicações em geral operam quase inteiramente sobre essa infraestrutura. “A dependência é total e em escala mundial”, resume o pesquisador.

Essa dependência, porém, tem revelado um ponto crítico: a vulnerabilidade dos cabos a danos intencionais.

Ameaças no Mar Báltico

Nos últimos anos, episódios de rompimento de cabos submarinos chamaram atenção no Mar Báltico. Um estudo da Universidade de Washington, em Seattle, aponta que cerca de dez cabos foram danificados desde 2022, sete deles entre novembro de 2024 e janeiro de 2025. Outros incidentes recentes reforçam a preocupação de autoridades e analistas.

A Rússia tem sido frequentemente apontada como principal suspeita, com base em indícios como marcas de âncoras e movimentos considerados atípicos de embarcações. Até o momento, contudo, não há comprovação definitiva de envolvimento de Moscou nem evidências conclusivas de que os danos tenham sido provocados deliberadamente, já que acidentes e negligência também são hipóteses consideradas.

Além da Rússia, a China passou a figurar entre os países investigados. No fim de novembro de 2024, a Suécia solicitou cooperação de Pequim para apurar um caso semelhante ocorrido na região do Báltico.

Tensões no Pacífico

No Indo-Pacífico, os receios são ainda mais evidentes. Redes extensas de cabos conectam Japão, Taiwan, Coreia do Sul e Estados Unidos, formando um eixo vital de comunicação e serviços digitais. Autoridades da região temem que, em um eventual conflito envolvendo a China, essa infraestrutura passe a ser tratada como alvo estratégico.

Um relatório do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS), com sede em Washington, aponta que a China teria desenvolvido um navio com capacidade para cortar cabos a até 4 mil metros de profundidade. Em conjunto com o aumento das tensões em áreas marítimas sensíveis, a informação sugere um avanço tecnológico voltado ao ataque preciso dessas estruturas.

Avaliações semelhantes constam no relatório anual da Comissão de Revisão Econômica e de Segurança EUA-China (USCC), apresentado ao Congresso americano. O documento indica um crescimento das atividades chinesas de corte de cabos como instrumento de pressão na chamada “zona cinzenta”, além do desenvolvimento de novas tecnologias com potencial uso em cenários de guerra.

Impacto de uma ruptura

As consequências de um ataque bem-sucedido podem ser severas. Kenny Huang, presidente do Conselho Executivo do Asia Pacific Information Center (APIC), alerta que a ruptura de um cabo principal pode levar à interrupção total da conexão à internet em uma região inteira.

“Forma-se um verdadeiro vácuo de informações”, afirma Huang, que também preside o Taiwan Network Information Center. No caso de Taiwan, ele explica que um isolamento desse tipo impediria o acesso externo à informação e afetaria setores essenciais como educação, economia, defesa, agricultura e serviços públicos.

O risco não se limita à destruição física dos cabos. Segundo a revista especializada Global Defense Insight, essas estruturas também podem ser interceptadas, permitindo espionagem ou obtenção de vantagens estratégicas. A publicação destaca a necessidade de reforço da segurança cibernética e da cooperação internacional, especialmente em países como a Coreia do Sul, fortemente dependentes dessas conexões.

Um campo de testes para a guerra híbrida

Para especialistas, o ponto mais preocupante é a relativa simplicidade das ações necessárias para danificar um cabo submarino. Peters explica que não é preciso uma grande operação militar: uma âncora lançada de forma estratégica pode, com o tempo, romper o cabo. “Não é necessário um navio especialmente poderoso”, observa.

Essa facilidade faz do Mar Báltico, segundo o pesquisador, uma espécie de laboratório para a guerra híbrida marítima. “A China observa atentamente como o Ocidente reage a esses incidentes — não apenas no aspecto técnico, mas também jurídico, à luz do direito marítimo internacional”, afirma. A dinâmica, ressalta, pode se repetir em outras regiões do planeta.

Caminhos para a proteção

Especialistas defendem uma combinação de medidas legais e técnicas para enfrentar o problema. Huang destaca a necessidade de atualizar a legislação internacional e nacional, com penas mais severas para o corte intencional de cabos submarinos.

No campo técnico, planos de redundância e rotas alternativas ajudam a mitigar danos, mas têm limites. “Em um ataque militar direto, não há hoje um sistema capaz de impedir a ofensiva”, afirma.

Diante disso, países da Ásia-Pacífico vêm adotando estratégias preventivas. Segundo o CSIS, Japão e aliados passaram a excluir empresas chinesas de projetos de cabos com participação de capital ou companhias americanas. Há também esforços para instalar cabos a distâncias maiores entre si, reduzindo o risco de perda simultânea de todo o sistema.

Outras medidas incluem a criação de zonas marítimas com restrição de tráfego e a instalação de sensores para monitoramento parcial dos cabos. Para Peters, a proteção dessa infraestrutura deixou de ser um tema técnico e passou a ocupar o centro das preocupações estratégicas globais.

Tags: Cabos SubmarinosComunicação GlobalmundoSabotagem
Previous Post

Abin alerta para riscos ao processo eleitoral de 2026 e aponta interferência externa e crime organizado

Next Post

Câmara articula votação acelerada da PEC da Segurança após pressão do governo

Jeverson

Jeverson

Next Post
Câmara articula votação acelerada da PEC da Segurança após pressão do governo

Câmara articula votação acelerada da PEC da Segurança após pressão do governo

Prefeitura de Aparecida lança Mutirão da Habitação para seleção de 768 apartamentos

Prefeitura de Aparecida lança Mutirão da Habitação para seleção de 768 apartamentos

Tragédia em Montreal: noiva morre afogada durante sessão fotográfica

Tragédia em Montreal: noiva morre afogada durante sessão fotográfica

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Invalid slider ID or alias.

Recommended Reading

    TOP REVIEW

    Ad2
    Ad1
    Click News

    © 2025 ClickNews V3.0 - Desenvolvido e editado por Agência Hoover.

    Navegue em nosso Site

    • Home
    • Geral
    • Cidades
    • Economia
    • Política
    • Justiça
    • Brasil
    • Mundo
    • Esporte
    • Artigos
    • Polícia
    • Saúde

    Siga a Gente nas redes sociais!

    No Result
    View All Result
    • Home
    • Geral
    • Cidades
    • Economia
    • Política
    • Justiça
    • Brasil
    • Mundo
    • Esporte
    • Artigos
    • Polícia
    • Saúde

    © 2025 ClickNews V3.0 - Desenvolvido e editado por Agência Hoover.

    Este site usa cookies. Ao continuar a usar este site, você está dando consentimento para que os cookies sejam usados.