Sintomas, causas e formas de prevenção ganham destaque com a chegada das altas temperaturas
Com a proximidade do verão e o aumento da incidência solar, cresce o número de relatos de reações cutâneas desencadeadas pela exposição ao ar livre. Conhecida popularmente como alergia ao sol, essa reação é na verdade uma hipersensibilidade do sistema imunológico que interpreta a radiação solar como uma ameaça. O quadro tem se tornado um tema recorrente nos consultórios dermatológicos.
O que é e como se manifesta
A reação exagerada do organismo ocorre devido a alterações provocadas pela luz na superfície da pele, atingindo tipicamente áreas mais expostas, como “braços, mãos, rosto, pescoço e peito”.
Embora os especialistas apontem que a causa exata ainda “não seja totalmente esclarecida”, há consenso de que fatores individuais e ambientais contribuem significativamente para o desenvolvimento do quadro.
Sintomas que acendem o alerta
A irritação inicial se manifesta com o surgimento de “manchas vermelhas e pequenas bolinhas”, acompanhadas de coceira, sensibilidade e sensação de queimação.
Em indivíduos com pele clara ou que utilizam certos medicamentos que aumentam a fotossensibilidade, podem aparecer até “bolhas com líquido transparente”. Essa reação pode ser imediata, surgindo em “poucos minutos”, dependendo da sensibilidade do paciente e do tempo de exposição.
Diagnóstico e fatores de risco
O diagnóstico é realizado por um dermatologista, que avalia o histórico e os sintomas do paciente. Exames como fototestes, que utilizam diferentes comprimentos de onda ultravioleta, e testes de contato são empregados para confirmar a sensibilidade.
Em alguns casos, podem ser solicitados “exames de sangue e até biópsias” para descartar outras doenças com manifestação semelhante, como lúpus ou eczema.
O risco de desenvolver alergia ao sol é ampliado por diversos fatores, entre eles:
- Pele naturalmente clara e sensível.
- Uso de “perfumes, repelentes ou ingredientes presentes em alguns protetores solares”.
- Utilização de medicamentos fotossensibilizantes, como “tetraciclina, sulfa e cetoprofeno”.
- Tratamentos como quimioterapia.
- Histórico familiar de sensibilidade à luz.
Tratamento e medidas preventivas
O tratamento médico visa, inicialmente, “a redução da exposição solar e o uso consistente de protetor, roupas adequadas e acessórios de proteção”.
Para quadros leves, os sintomas podem ser aliviados com “anti-histamínicos orais” para reduzir a coceira, e “loções com calamina ou aloe vera” para diminuir o desconforto. Já os casos mais graves podem demandar o uso de corticoides, hidroxicloroquina ou fototerapia, sempre sob estrito acompanhamento dermatológico.
A prevenção exige a adoção de cuidados diários:
- Evitar a Exposição: Priorizar a sombra e reduzir o tempo sob o sol direto, sobretudo entre “10h e 16h, quando a radiação é mais intensa”.
- Protetor Solar: Aplicar filtro com “FPS 30 ou superior” consistentemente, e hidratar os lábios com filtro solar específico.
- Vestuário: Usar “roupas com FPS a partir de 40, chapéu, boné e óculos de sol”.
Em caso de irritação, a aplicação de compressas com água fria e a proteção imediata da área atingida ajudam a reduzir a inflamação. Quadros extensos, com “coceira intensa e placas pelo corpo”, exigem atendimento médico urgente, pois podem sinalizar reações mais severas.
(Com Diário do Litoral)
