Taxa se mantém em 5,6% pelo segundo mês consecutivo, enquanto população desocupada atinge recorde de queda
O desemprego no Brasil registrou estabilidade pelo segundo mês consecutivo, mantendo-se no menor patamar da série histórica iniciada em 2012. No trimestre encerrado em setembro, a taxa ficou em 5,6%, repetindo o resultado de agosto, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira.
Desemprego abaixo das expectativas
O resultado superou levemente as projeções de analistas de mercado, que estimavam uma taxa de 5,5% em setembro, conforme mediana das estimativas levantadas pelo Valor Data. Em comparação com o trimestre encerrado em junho, quando a desocupação estava em 5,8%, a taxa atual evidencia a manutenção da tendência de recuperação do mercado de trabalho. No mesmo período de setembro do ano passado, o índice era de 6,4%.
População desocupada registra menor número da série histórica
Apesar da estabilidade percentual, o número de pessoas desocupadas atingiu 6,045 milhões, o menor registrado desde o início da pesquisa. Isso representa uma redução de 209 mil pessoas em relação ao trimestre anterior e queda de 809 mil em comparação ao mesmo período do ano passado.
Renda e emprego formal em alta
O mercado de trabalho também apresentou avanços em outros indicadores. A renda média mostrou crescimento de 4% em doze meses, enquanto o número de empregados com carteira assinada chegou a 39,229 milhões. A taxa de subutilização, que mede o grau de aproveitamento da força de trabalho, caiu para 13,9%, o menor patamar já registrado.
Mercado de trabalho aquecido, mas desafios persistem
Economistas avaliam que os últimos números reforçam um cenário favorável aos trabalhadores, com mercado aquecido e pleno emprego próximo. No entanto, o ritmo mais lento da atividade econômica, especialmente nos setores de comércio e indústria, sugere que o espaço para novas quedas expressivas no desemprego tende a ser limitado.



