Pesquisa do IBGE mostra queda em quatro meses consecutivos, com retração em setores como vestuário e informática, e crescimento em móveis e combustíveis
As vendas do comércio varejista registraram queda de 0,3% em julho, na comparação com junho, marcando o quarto mês consecutivo de retração. Apesar do recuo, o setor acumula crescimento de 1,7% no período de janeiro a julho e de 2,5% nos últimos 12 meses.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC).
Setores em queda e em alta
Segundo o levantamento, quatro atividades registraram retração em julho:
- Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-3,1%)
- Tecidos, vestuário e calçados (-2,9%)
- Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,6%)
- Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,3%).
Em contrapartida, houve avanço em outros segmentos:
- Móveis e eletrodomésticos (1,5%)
- Livros, jornais, revistas e papelaria (1%)
- Combustíveis e lubrificantes (0,7%)
- Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,6%).
Resultados regionais
Na passagem de junho para julho, 16 das 27 unidades da federação registraram queda no varejo. Rondônia (-2,2%), Minas Gerais (-1,1%) e Paraíba (-1%) tiveram os piores desempenhos.
Por outro lado, oito estados apresentaram crescimento, com destaque para Amapá (3,9%), Distrito Federal (0,9%) e Sergipe (0,8%). Já Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul permaneceram estáveis.
Comparação anual
Na comparação entre julho de 2025 e julho de 2024, o comércio varejista avançou 1%. O crescimento foi puxado por seis das oito atividades pesquisadas, entre elas:
- Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (3,8%)
- Livros, jornais, revistas e papelaria (3,4%)
- Móveis e eletrodomésticos (3,2%)
- Outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,5%)
- Combustíveis e lubrificantes (1%)
- Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,4%).
As únicas quedas foram observadas em tecidos, vestuário e calçados (-1,5%) e em equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-4,7%).