Reconhecimento facial, atendimento domiciliar e canais digitais são alternativas para evitar bloqueio de benefícios
Cerca de 3 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) precisam realizar a prova de vida até o fim de setembro de 2025. O procedimento, obrigatório para confirmar que o beneficiário está vivo e evitar fraudes, é aplicado a quem não teve os dados validados automaticamente em cruzamentos com registros do SUS, movimentações bancárias e documentos oficiais.
Segundo o INSS, os convocados foram notificados pelo aplicativo Meu INSS, por SMS oficial ou carta enviada ao endereço cadastrado. Quem não cumprir o prazo terá o pagamento bloqueado após 30 dias e, em caso de 60 dias de inadimplência, o benefício pode ser cancelado definitivamente. Idosos em áreas rurais e pessoas com limitações físicas estão entre os grupos que mais exigem atenção.
Digitalização e uso de tecnologia
Desde 2023, o processo passou a ser administrado internamente pelo INSS, o que simplificou a rotina para a maior parte dos 39 milhões de segurados. Para os 3 milhões que ainda precisam se regularizar, a ação imediata é indispensável para não interromper a renda mensal.
A validação pode ser feita de forma digital, com destaque para o reconhecimento facial no aplicativo Meu INSS, que cruza os dados biométricos com informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou Detran. Bancos conveniados, como Caixa e Banco do Brasil, também oferecem a prova de vida por aplicativos de internet banking. Outra alternativa é o portal gov.br, disponível para quem possui conta nível prata ou ouro.
Histórico e evolução da comprovação
A prova de vida foi implementada para corrigir falhas históricas que geravam pagamentos a pessoas já falecidas, causando prejuízos bilionários à Previdência. Em 2025, aproximadamente 90% dos segurados tiveram o processo concluído de forma automática, sem necessidade de deslocamento. Em regiões sem acesso à internet, no entanto, o desafio persiste, exigindo atendimento presencial e opções adaptadas.
Fraudes e campanhas de segurança
O INSS alerta para o aumento de golpes virtuais, como mensagens falsas pedindo senhas ou dados bancários. O instituto reforça que não utiliza WhatsApp ou e-mail para iniciar contatos. A orientação é utilizar exclusivamente os canais oficiais: aplicativo Meu INSS, número 135 ou agências autorizadas. Em parceria com a Polícia Federal, já foram registradas centenas de denúncias que resultaram em prisões.
Atendimento domiciliar e grupos vulneráveis
Pessoas com mais de 80 anos ou com restrições severas de mobilidade podem solicitar atendimento domiciliar pelo 135. Além disso, os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) dão suporte para o cadastro digital, e unidades móveis estão em operação em áreas rurais. Procurações legais permitem que familiares realizem o procedimento em nome do beneficiário. Só em 2025, mais de 150 mil atendimentos domiciliares foram realizados.
Manter dados atualizados evita bloqueios
O INSS recomenda que os segurados mantenham telefone e e-mail atualizados no Meu INSS, para receber alertas e lembretes. Consultas regulares no aplicativo ajudam a identificar pendências antes que ocorram bloqueios. Notificações personalizadas são enviadas conforme a data de aniversário do segurado.
Inclusão digital e futuro do sistema
A digitalização, acelerada após a pandemia, ampliou a eficiência do processo, com taxa de sucesso superior a 85% nas validações online. Para 2026, está prevista a expansão do uso de biometria, com a meta de eliminar pendências manuais e garantir segurança integral aos 39 milhões de beneficiários.
Ação imediata é essencial
A prova de vida é peça-chave para a integridade do sistema previdenciário e para a manutenção da renda de milhões de famílias. O prazo final de setembro exige atenção redobrada de aposentados e pensionistas. O não cumprimento pode resultar em bloqueio do benefício, trazendo sérios impactos financeiros.
