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Casa Mundo

Ongs humanitárias moderam discurso sobre Gaza diante de novas regras impostas por Israel

Jeverson by Jeverson
22 de agosto de 2025
in Mundo
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Ongs humanitárias moderam discurso sobre Gaza diante de novas regras impostas por Israel

Funcionários de organizações internacionais apontam autocensura em comunicações públicas sobre Gaza - Foto: Omar Al-Qattaa/AFP/Getty Images

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Organizações temem perder acesso aos territórios palestinos após processo de registro que restringe linguagem em relatórios e comunicados públicos

Pressão por autocensura

Durante meses, uma agente humanitária que atuava em Jerusalém descreveu ter vivido uma “sensação de raiva” constante. Até o primeiro semestre de 2025, ela trabalhava em uma organização internacional com sede nos Estados Unidos, responsável por ações de defesa de direitos em Gaza e nos territórios palestinos ocupados.

Segundo relatou, publicar uma simples declaração se transformava em uma disputa interna. Termos como “ocupação”, “bloqueio” e “responsabilidade” eram considerados inaceitáveis pela direção, que exigia versões suavizadas dos comunicados. “Sentia que estava participando de um encobrimento. Essencialmente, me pediram para mentir”, afirmou à DW.

A investigação conduzida pelo veículo alemão incluiu análise de e-mails, diretrizes internas e mais de cem comunicados oficiais, além de entrevistas com 19 pessoas ligadas a ONGs internacionais. Os dados apontam para uma mudança consistente no discurso após a adoção, por Israel, de um novo processo de registro de organizações em março de 2025.

Impacto das novas exigências

O regulamento aprovado pelas autoridades israelenses no final de 2024 obriga entidades humanitárias a se registrarem novamente até setembro de 2025 para manter atividades em Gaza e na Cisjordânia. Entre as exigências, está a entrega de informações pessoais de funcionários palestinos — algo que, segundo as organizações, pode colocar trabalhadores em risco.

Além disso, o governo israelense pode negar licenças a instituições que apoiem ações judiciais contra militares israelenses em tribunais internacionais ou que tenham vínculos com pessoas favoráveis a boicotes a Israel nos últimos sete anos.

Para muitos, a medida teve efeito imediato. Um ex-agente afirmou que a nova política provocou um “efeito intimidador” em todo o setor.

Reações do setor humanitário

Em agosto de 2025, cem organizações internacionais condenaram formalmente as novas regras, acusando Israel de tentar silenciar a defesa de direitos e limitar a ajuda imparcial.

Entre as poucas vozes públicas, está a de Shaina Low, assessora de comunicação do Conselho Norueguês para Refugiados. Para ela, o processo “cria um precedente perigoso”.

Já o Ministério de Assuntos da Diáspora e Combate ao Antissemitismo de Israel, responsável pelo registro, afirmou em nota que “apoia atividades humanitárias genuínas, mas não permitirá que atores hostis operem sob o pretexto humanitário”.

Mudanças na comunicação

A investigação da DW mostra que a autocensura passou a ser regra em diversas instituições. Organizações tradicionais como a Ação Contra a Fome (ACF) e o Comitê Internacional de Resgate (IRC) reduziram o uso de termos relacionados a violações do direito internacional humanitário.

Em outubro de 2023, o IRC chegou a alertar que Gaza estava sob “cerco”. Após o novo processo de registro, a palavra desapareceu de seus comunicados. A ACF, que antes denunciava ataques desproporcionais contra civis como violações do direito internacional, também passou a usar linguagem mais genérica.

Questionada, a ACF afirmou que seu foco é “assegurar a continuidade das operações, garantir acesso às populações vulneráveis e manter os princípios humanitários”.

Restrições na ajuda

A entrega de assistência também foi alterada. Desde maio de 2025, a distribuição de suprimentos em Gaza passou a ser controlada pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF), com sede nos Estados Unidos, em substituição a ONGs tradicionais. A GHF mantém apenas quatro pontos de entrega, o que obriga palestinos a longas caminhadas para obter alimentos.

Segundo a ONU, mais de 800 pessoas foram mortas nas proximidades desses pontos por forças israelenses ou agentes de segurança contratados. A GHF, em resposta, classificou as acusações como “falsas e exageradas”.

Centenas de palestinos foram mortos ou feridos enquanto buscavam ajuda humanitária em Gaza – Foto: Khames Alrefi/Anadolu/picture alliance

Entre silêncio e denúncia

Para trabalhadores humanitários, a escolha agora é amarga: falar abertamente e arriscar a expulsão dos territórios ou adotar um discurso mais brando para tentar manter a presença no local.

“Você tem duas opções, e ambas são erradas”, disse uma das entrevistadas. Ela teme que, no futuro, o silêncio seja visto como cumplicidade. “Se não podemos relatar como é a sobrevivência em Gaza, estamos pintando uma realidade distorcida.”

( Com DW )

Tags: Ajuda HumanitáriaGAZAmundoONGSONURestrições impostas por Israel
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