quarta-feira, 20, agosto 2025
Click News
  • Home
  • Geral
  • Cidades
  • Economia
  • Política
  • Justiça
  • Brasil
  • Mundo
  • Esporte
  • Artigos
  • Polícia
  • Saúde
No Result
View All Result
  • Home
  • Geral
  • Cidades
  • Economia
  • Política
  • Justiça
  • Brasil
  • Mundo
  • Esporte
  • Artigos
  • Polícia
  • Saúde
No Result
View All Result
Click News
No Result
View All Result
Casa Artigos

DO LIMÃO À LIMONADA – Por Vivaldo Lopes *

Jeverson by Jeverson
18 de agosto de 2025
in Artigos
0
DO LIMÃO À LIMONADA – Por Vivaldo Lopes *
Share on FacebookShare on Twitter

O governo federal anunciou, na última quarta feira (13/08) um conjunto amplo e estruturado de medidas de apoio às empresas e cadeias produtivas diretamente afetadas pelas sanções comerciais de 50% impostas unilateralmente pelo governo americano às exportações brasileiras para aquele país. Seguiu uma trilha feita por outros países também afetados pelo brusco aumento das tarifas comerciais: protegeu as empresas nacionais e os trabalhadores dessas empresas por meio de políticas públicas emergenciais enquanto prosseguem as negociações.

O plano baseia-se no tripé: oferta de crédito barato às empresas exportadoras, adiamento temporário do pagamento de tributos federais e compras governamentais de parte da produção não exportada. O principal objetivo das medidas é estabelecer condições para as empresas reorganizarem sua produção, redefinirem novos mercados e garantir os empregos dos trabalhadores. A principal contrapartida exigida das empresas que se beneficiem das medidas é a manutenção dos empregos.

Será disponibilizada linha de crédito com juros menores que os de mercado, acesso facilitado a fundos específicos de apoio às exportações (que totalizam R$ 30 bilhões), liberação de créditos tributários gerados ao longo da cadeia antes de exportar, seguros de proteção à quebras de exportações e compras de alimentos pela administração federal que serão utilizados em programas sociais, como o de alimentação escolar.

As medidas são temporárias, com tempo definido para o seu térmico, como se recomenda em situações como esta, evitando sua perenização, como ocorreu com alguns programas criados para enfrentar a pandemia da covid-19.  O custo de programas emergenciais é elevado e sua perenização pode piorar ainda mais a situação das contas públicas federais.

As ações são paliativas e visam a redução de danos, proteção das empresas e empregos para enfrentar uma crise gerada por decisão externa inesperada.

O impacto macroeconômico das sanções americanas será pequeno, mas não desprezível. Em algumas empresas o estrago será grande, conforme a relevância das exportações dessas companhias para o mercado americano. Com a retirada de 694 produtos da sobretaxa de 40% (serão taxados em 10%), a tarifa média das exportações para os EUA ainda ficará altíssima, na casa dos 30%, fator que inviabiliza vendas de determinados produtos que não sejam essenciais ao consumidor americano ou que tenham concorrência relevante naquele mercado.

Estudo desenvolvido por pesquisadores do Ibre/FGV mostra que, após as isenções, as sanções atingirão menos de 30% das exportações do Brasil para os EUA. A retração líquida das exportações ficará em U$ 4,2 bilhões, resultado da queda de U$ 8,8 bilhões e ganhos de U$ 4,6 bilhões com os rearranjos no comércio exterior mundial. Haverá perdas de 57 mil empregos. O impacto no PIB (Produto Interno Bruto) é estimado em 0,26%, cuja estimativa de crescimento em 2025 é de 2,3% e 2,5%. As regiões mais prejudicadas pela sobretaxação serão a Norte e Nordeste. E a que sofrerá menor impacto será a região Centro Oeste, por ter baixa exposição ao mercado americano, aliado à diversificação do destino de seus principais produtos. Mas as cadeias da agroindústria, como celulose, café em grão, suco concentrado de laranja, carne bovina, sebo bovino e frutas frescas serão muito afetados com o aumento abrupto de custos, resultante do choque comercial.

A análise do pacote de medidas mostra grande esforço do governo federal para fazer do limão uma limonada, após o Brasil ser surpreendido por decisões aleatórias e disruptivas do governo americano. O inesperado choque comercial aproximou o governo federal de alguns setores empresariais, que ajudam intensamente nas negociações e atuam para que a administração federal melhore seus instrumentos de apoio aos exportadores, notadamente aos micros, pequenos e médios. O Secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse, em entrevista, que as micro e pequenas empresas exportadoras brasileiras respondem por apenas 1% do acesso ao crédito de exportação, enquanto na Coréia do Sul e Índia chegam a 40% e na Itália a 30%.

Outro efeito colateral produzido pelas sanções americanas foi levar o governo federal a acelerar, em sinergia com a iniciativa privada, a ampliação de novos mercados para os produtos do país, reduzindo a concentração e consequente exposição a alguns mercados. Uma forma do país ficar mais protegido de mudanças abruptas em seu comércio exterior após alternância de poder político em outros países com os quais o Brasil mantém relações comerciais.

* Vivaldo Lopes é economista formado pela UFMT, onde lecionou na Faculdade de Economia. É pós-graduado em MBA- Gestão Financeira Empresarial pela FIA/USP (vivaldo@uol.com.br).

Tags: Apoio a cadeias produtivasArtigosDo Limão à LimonadaEconomiaExportações brasileirasGoverno FederalTarifaço de TrumpVivaldo Lopres
Previous Post

Prefeitura de Goiânia e Arquidiocese firmam permuta de terrenos para fortalecer serviços sociais e religiosos

Next Post

Lula intensifica agenda internacional em meio a escalada comercial com os EUA

Jeverson

Jeverson

Next Post
Lula intensifica agenda internacional em meio a escalada comercial com os EUA

Lula intensifica agenda internacional em meio a escalada comercial com os EUA

Tenho 101 anos e esses são os 2 alimentos que eu jamais como: “Isso mantém minha mente afiada”

Aos 101 anos, executivo revela os dois alimentos que eliminou da dieta para preservar corpo e mente

Secretária de Cultura critica decisão do Iphan sobre BRT e alerta para risco ao patrimônio art déco em Goiânia

Secretária de Cultura critica decisão do Iphan sobre BRT e alerta para risco ao patrimônio art déco em Goiânia

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Advertisement Banner

Recommended Reading

    TOP REVIEW

    Click News

    © 2025 ClickNews V3.0 - Desenvolvido e editado por Agência Hoover.

    Navegue em nosso Site

    • Home
    • Geral
    • Cidades
    • Economia
    • Política
    • Justiça
    • Brasil
    • Mundo
    • Esporte
    • Artigos
    • Polícia
    • Saúde

    Siga a Gente nas redes sociais!

    No Result
    View All Result
    • Home
    • Geral
    • Cidades
    • Economia
    • Política
    • Justiça
    • Brasil
    • Mundo
    • Esporte
    • Artigos
    • Polícia
    • Saúde

    © 2025 ClickNews V3.0 - Desenvolvido e editado por Agência Hoover.

    Este site usa cookies. Ao continuar a usar este site, você está dando consentimento para que os cookies sejam usados.