Por Wilton Emiliano Pinto *
Hoje, o mundo é outro.
Tão diferente.
Vivemos mergulhados numa imensa teia de conexões invisíveis — fios sutis que unem pessoas separadas por oceanos, línguas e realidades.
📱 No Instagram, Facebook, YouTube, ou em qualquer outra dessas avenidas digitais, bilhões de vozes se cruzam todos os dias.
Mensagens que aparecem e somem.
Vídeos curtos.
Textos rápidos.
Tudo numa velocidade que nos escapa.
E, no meio disso, estou eu.
E está você.
Agora mesmo, estou aqui.
Sentado.
Ouvindo uma música antiga que me leva pra longe, como se eu folheasse um álbum de fotografias da alma.
Enquanto a melodia toca, escrevo.
Sem destino certo.
Sem saber quem vai ler.
Talvez você.
Talvez ninguém.
Mas escrevo.
📩 Porque há algo bonito nesse tempo estranho em que vivemos:
a mágica de lançar palavras ao vento, como se fossem bilhetes ao mar.
✨ E veja só…
Você parou.
Leu.
Talvez, por um instante, sentiu.
E isso muda tudo.
De repente, entre dois desconhecidos — que nunca se viram, e talvez nunca se vejam — nasce uma ponte silenciosa.
Uma ponte feita de palavras.
De sentimento.
De humanidade.
🌍 Num mundo tão apressado, onde quase tudo parece descartável, esse gesto simples — alguém que escreve, alguém que lê — se transforma num refúgio.
Um lembrete sutil de que somos feitos do mesmo barro.
Do mesmo silêncio.
Do mesmo desejo de sermos compreendidos.
Às vezes penso:
a internet é como um antigo poste de correio num vilarejo esquecido.
Nele, alguém deixa uma carta anônima, só para quem quiser encontrar.
📬 Talvez seja isso que buscamos:
um lugar seguro.
Alguém que nos ouça… com os olhos.
E mesmo que nunca saibamos um do outro — nem o rosto, nem a voz, nem a história — nossos mundos se tocaram.
É pouco?
Talvez.
Mas é profundamente humano.
E se, ao fechar esta janela, você nunca mais lembrar dessas palavras, tudo bem.
Porque, enquanto seus olhos estiveram aqui…
eu estive com você.
🌤️ E deixo com carinho este desejo sincero:
Que a vida lhe sorria com generosidade.
Que a estrada lhe seja leve como a brisa de uma manhã antiga.
Que o tempo lhe seja amigo — como os vizinhos de antigamente, que sabiam seu nome.
Pode ser que nunca mais nos encontremos.
Mas isso aqui, agora…
já foi um encontro.
E só por isso, já valeu a pena. 💫
