Entre os países mencionados, estão Brasil, China e Índia.
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, alertou nesta terça-feira (15) que nações que mantiverem negociações com a Rússia poderão ser alvo de sanções severas impostas pelos Estados Unidos.
Segundo Rutte, as restrições seriam ampliadas caso Moscou rejeite a abertura de um processo de paz com a Ucrânia. Em encontro com senadores norte-americanos no Capitólio, ele defendeu que os líderes desses três países atuem diretamente para convencer o presidente russo Vladimir Putin a aceitar discutir um cessar-fogo.
Pressão diplomática sobre Brasília, Pequim e Nova Déli
“Meu incentivo a esses três países, se você estiver em Pequim ou em Nova Déli, ou se você for o presidente do Brasil, talvez seja uma boa ideia dar uma olhada nisso, porque isso pode atingir vocês de forma muito forte. Então, por favor, façam uma ligação para Putin e digam que ele precisa se comprometer com as negociações de paz”, declarou Rutte, em tom categórico.
A fala do secretário-geral da Otan ocorreu um dia após o ex-presidente dos EUA Donald Trump anunciar, em entrevista, que estabeleceria um prazo de 50 dias para Putin iniciar tratativas pelo fim da guerra. Caso contrário, afirmou que aplicaria tarifas de 100% e outras penalidades econômicas contra a Rússia.
Senado americano quer ampliar punições
Embora Trump não tenha citado diretamente Brasil, China ou Índia, os três países seguem comercializando petróleo e derivados russos desde o início do conflito em território ucraniano, em 2022.
Parlamentares norte-americanos, como os senadores Richard Blumenthal e Lindsey Graham, articulam uma proposta legislativa que prevê tarifas punitivas de até 500% para governos que mantêm vínculos comerciais com Moscou. A medida visa intensificar a pressão internacional e isolar economicamente o Kremlin.