Crime em Setúbal ganha repercussão nacional e atinge até a imprensa esportiva; casal vivia no país há cinco anos e tinha um filho
Um crime brutal envolvendo dois brasileiros chocou Portugal nesta semana. Gustavo Maciel, conhecido como “Guga”, assassinou a ex-mulher, Iranilcy Oliveira, também natural do Brasil, com golpes de faca. Após o crime, ele caminhou até uma delegacia na cidade de Setúbal, ao sul de Lisboa, para se entregar e confessar o homicídio.
Homicídio em Setúbal mobiliza polícia e imprensa portuguesa
De acordo com informações da Polícia Judiciária (PJ), responsável pela investigação, o feminicídio ocorreu na noite de segunda-feira (16). O crime foi resultado de uma discussão entre os dois, que, apesar de estarem separados, mantinham contato frequente por causa do filho de cinco anos.
A vítima foi encontrada já sem vida no interior da barbearia que o ex-marido mantinha na cidade. Os ferimentos, segundo a polícia, atingiram principalmente o peito e o pescoço da mulher.
Ex-barbeiro de jogadores brasileiros no futebol português
O caso ganhou ainda mais repercussão por envolver uma figura conhecida no meio esportivo local. Guga era barbeiro de jogadores brasileiros que atuam em clubes de futebol de Portugal, fato destacado por jornais esportivos como o diário “Record”.
Natural de São Miguel do Tapuio, no interior do Piauí, o casal havia emigrado para Portugal há cerca de cinco anos. Juntos, abriram a “Barbearia do Guga”, um estabelecimento que se tornou referência entre atletas brasileiros residentes no país.
Relacionamento marcado por separação recente e convivência pelo filho
Segundo a Polícia Judiciária, os dois haviam sido casados por sete anos, mas estavam oficialmente separados. Apesar disso, continuavam se encontrando com frequência devido à guarda compartilhada do filho pequeno.
Na noite do crime, Iranilcy teria ido até a barbearia após o horário de funcionamento. Horas depois, por volta da meia-noite, Guga dirigiu-se voluntariamente à delegacia da Polícia de Segurança Pública de Setúbal e relatou o que havia feito.
O agressor, que até então não possuía antecedentes criminais, permanece sob custódia e aguarda os próximos desdobramentos judiciais.