Colorido, nutritivo e versátil, o pimentão ajuda a combater radicais livres e pode contribuir na prevenção de doenças crônicas
Frequentemente usado em saladas, refogados, recheios, vinagretes e molhos, o pimentão é um ingrediente corriqueiro na culinária, mas nem sempre valorizado por seu potencial nutricional. Muito além do sabor marcante e das cores vibrantes, a hortaliça é uma aliada importante da alimentação saudável, segundo especialistas.
“Ele é fonte de vitamina C, vitamina A, fibras e antioxidantes, como betacaroteno, luteína e zeaxantina. Esses compostos ajudam a combater os radicais livres, proteger as células e prevenir doenças crônicas”, explica Dayanne Maynnard, professora de Nutrição do Centro Universitário de Brasília (CEUB). A especialista reforça que o pimentão deve ser incorporado à dieta de adultos e crianças como forma de promover saúde e prevenir enfermidades.
Hortaliça de baixa caloria, rica em potássio e antioxidantes
Com poucas calorias, o pimentão é recomendado para dietas equilibradas por favorecer a saciedade e conter nutrientes essenciais. Entre eles, destaca-se o potássio, mineral importante para o controle da pressão arterial e o equilíbrio do sódio no organismo.
De acordo com Dayanne, o consumo diário do alimento é seguro e benéfico. “É importante alternar com outros vegetais para garantir uma boa diversidade de nutrientes”, afirma. A hortaliça pode ser consumida crua, cozida, assada ou recheada, o que facilita sua presença nas refeições do dia a dia.
Da horta ao tempero: a páprica é feita de pimentão
Um dado curioso é que a páprica — tempero cada vez mais presente nas cozinhas brasileiras — é feita a partir do pimentão vermelho desidratado. No processo, há perda de parte da vitamina C, que é sensível ao calor e à luz, mas permanecem os antioxidantes e a vitamina A.
“A páprica é um tempero nutritivo, que contribui para a saúde da pele, da visão e da imunidade. Por ser desidratada, tem boa durabilidade e pode ser uma alternativa no dia a dia”, explica a docente do CEUB.
Possíveis alergias e orientações para o consumo infantil
Embora raro, o consumo de pimentão pode causar reações alérgicas em algumas pessoas. Os sintomas variam desde coceiras e náuseas até quadros mais graves, como dificuldade respiratória. “Nesses casos, é essencial buscar orientação médica. O diagnóstico deve ser feito por um profissional, e, se confirmado, o alimento precisa ser retirado da alimentação”, alerta Dayanne.
A recomendação da nutricionista é que o pimentão seja introduzido desde cedo, a partir dos seis meses de idade, caso a criança já esteja apta a experimentar novos alimentos sólidos. “Em todas as idades, o pimentão contribui com nutrientes importantes para o crescimento e a saúde”, completa.
Para mais informações sobre alimentação saudável, acesse também os guias do Ministério da Saúde sobre nutrição e o Guia Alimentar para a População Brasileira. (Com Notícias ao Minuto)