“O ministro se mostrou surpreso com a quantidade de projetos que apresentamos e com o valor dos recursos necessários, mais de 50 obras que precisam de algum tipo de financiamento”, disse o prefeito Sandro Mabel.
Propostas abrangem obras de infraestrutura, habitação e canalização do Córrego Botafogo
O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, apresentou nesta segunda-feira (26), em audiência realizada em Brasília com o ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, um pacote com mais de 50 projetos de obras estruturantes para a capital goiana. O volume total de investimentos supera R$ 2 bilhões e contempla iniciativas voltadas à melhoria da drenagem urbana, canalização do Córrego Botafogo, pavimentação de bairros e expansão da política habitacional.
Ao término da reunião, Mabel manifestou otimismo quanto à possibilidade de obter apoio financeiro do governo federal para viabilizar as propostas. “O ministro se mostrou surpreso com a quantidade de projetos que apresentamos e com o valor dos recursos necessários, mais de 50 obras que precisam de algum tipo de financiamento”, afirmou, demonstrando confiança na liberação dos recursos, apesar das limitações orçamentárias da União.
O prefeito também destacou ao ministro a prioridade do município na área habitacional. “Viemos também falar ao ministro sobre nosso projeto de habitação, pois queremos construir 15 mil casas na nossa gestão. Já entregamos mais de 1,5 mil unidades. Na área de infraestrutura, que está entre os nossos pedidos, as obras são para fazer Goiânia andar cada vez melhor e ter menos problemas, por exemplo, com enchentes”, acrescentou.
Investimentos estratégicos para o desenvolvimento urbano
Durante a audiência, Mabel reforçou que as obras solicitadas são fundamentais para impulsionar o desenvolvimento de Goiânia. “Desde os primeiros meses da nossa gestão, já estamos trabalhando nesse sentido. Mesmo com as dificuldades financeiras que Goiânia tem enfrentado, estamos economizando e, se Deus quiser, vamos sair dessa situação em breve. Obras sem projetos não viram nada, e estamos trabalhando para buscar melhorias para a cidade e dar mais qualidade de vida para a nossa população”, pontuou.
A comitiva de Goiânia em Brasília contou ainda com a presença dos secretários Francisco Lacerda (Infraestrutura), Vanderlei Toledo Júnior (Articulação Institucional e Captação) e Juliano Santana (Habitação e Regularização Fundiária).
Política habitacional: ampliação de conjuntos e parcerias
A Prefeitura de Goiânia já mapeou 47 áreas destinadas à implantação de novos conjuntos habitacionais. Além disso, conseguiu recuperar um projeto de 480 unidades, iniciado em 2022, que estava ameaçado de cancelamento por entraves administrativos. Com essa medida, foram preservados R$ 80 milhões em recursos públicos para a construção de moradias a custo zero.
A gestão municipal aposta na formação de parcerias com os governos federal e estadual, além da iniciativa privada, para reduzir o déficit habitacional, que atualmente atinge cerca de 55 mil famílias cadastradas.
Em 2023, Goiânia aderiu ao Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), programa do governo federal que financia moradias para famílias de baixa renda. O modelo garante isenção total das parcelas para beneficiários de programas sociais como Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada (BPC). Para aqueles que não recebem benefícios, será cobrada uma taxa equivalente a 10% da renda familiar.
O secretário Juliano Santana avaliou que o programa habitacional municipal representa um avanço significativo em relação aos anos anteriores. “Nos últimos seis anos, o Estado de Goiás entregou cerca de seis mil unidades. Nossa meta é entregar mais do que o dobro desse número em apenas quatro anos”, afirmou.