Decisão da Secretária de Segurança Nacional fundamenta-se em acusações de fomento à violência, antissemitismo e laços com o Partido Comunista Chinês.
O governo do presidente Donald Trump impôs uma proibição à Universidade de Harvard que impede a instituição de matricular novos estudantes estrangeiros. A medida, com efeito imediato, foi formalizada em carta da secretária de Segurança Nacional, Kristi Noem, à universidade, na qual se revoga a certificação do Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio (SEVP) de Harvard. Este programa é a principal via legal para que estudantes internacionais possam cursar seus estudos nos Estados Unidos.
A decisão foi publicamente justificada por Kristi Noem em uma publicação na rede social X (antigo Twitter). A secretária declarou que o governo “está responsabilizando Harvard por fomentar a violência, o antissemitismo e a coordenação com o Partido Comunista Chinês em seu campus”.
Noem enfatizou que a possibilidade de matricular alunos estrangeiros é um “privilégio”, e não um “direito”. “Harvard teve muitas oportunidades de fazer a coisa certa. Mas recusou. Eles perderam a certificação do Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio por não cumprirem a lei. Que isso sirva de alerta para todas as universidades e instituições acadêmicas do país”, alertou a secretária.
O cancelamento da certificação do SEVP pode acarretar severas consequências financeiras para Harvard. A universidade, que possui um corpo discente de 24.596 estudantes, acolhe quase 6.800 alunos internacionais. Segundo o governo, os estudantes estrangeiros atualmente matriculados em Harvard seriam obrigados a se transferir para outras instituições ou perderiam seu status legal no país.
Em resposta, Jason Newton, porta-voz de Harvard, classificou a ação do governo como “ilegal”. “Estamos totalmente comprometidos em manter a capacidade de Harvard de receber estudantes e acadêmicos internacionais, vindos de mais de 140 países e que enriquecem imensamente a universidade – e esta nação”, afirmou.
Corte Bilionário Precedente
A proibição da matrícula de novos estudantes estrangeiros segue um histórico de tensões entre a administração Trump e Harvard. Anteriormente, o governo já havia efetuado um corte de US$ 2,6 bilhões (aproximadamente R$ 14,5 bilhões, na cotação da época) em financiamento federal destinado à universidade. A motivação alegada para esse corte foi a ocorrência de discriminação no campus da instituição.
Medida do governo Trump revoga certificação de Harvard para programa de intercâmbio, impactando fluxo de alunos internacionais
A Universidade de Harvard foi alvo de uma medida do governo do presidente Donald Trump que a impede de admitir novos estudantes estrangeiros. A restrição entrou em vigor imediatamente após a revogação da certificação de Harvard para o Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio (SEVP) pela secretária de Segurança Nacional, Kristi Noem. O SEVP é o principal sistema que permite a presença de estudantes internacionais em instituições de ensino superior nos Estados Unidos.
A justificativa oficial para a decisão, divulgada por Kristi Noem em sua conta na rede social X, aponta que o governo “está responsabilizando Harvard por fomentar a violência, o antissemitismo e a coordenação com o Partido Comunista Chinês em seu campus”.
Noem enfatizou que o direito de matricular estudantes estrangeiros não é um privilégio, mas sim uma concessão que pode ser retirada. “Harvard teve muitas oportunidades de fazer a coisa certa. Mas recusou. Eles perderam a certificação do Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio por não cumprirem a lei. Que isso sirva de alerta para todas as universidades e instituições acadêmicas do país”, declarou a secretária.
As implicações financeiras para Harvard podem ser significativas, dada a sua grande população de estudantes internacionais. Com quase 6.800 alunos estrangeiros em um total de 24.596, a universidade enfrenta um cenário de possível perda de receita e de sua diversidade acadêmica. O governo alertou que os atuais estudantes internacionais de Harvard seriam forçados a se transferir para outras instituições ou teriam seu status legal comprometido.
Antecedentes e Cortes de Verbas
É importante notar que a proibição à matrícula de novos estudantes estrangeiros em Harvard não foi a primeira ação do governo Trump contra a universidade. Anteriormente, a administração já havia cortado US$ 2,6 bilhões (equivalente a cerca de R$ 14,5 bilhões) em financiamento federal para a instituição, alegando discriminação em seu campus.