O argentino do Vasco voltou a exibir seu principal atributo: a letalidade na área, em especial quando a bola é alçada pelo alto.
A primeira rodada do Campeonato Brasileiro de 2025 foi marcada por equilíbrio nos placares, oportunidades desperdiçadas por atacantes renomados e, sobretudo, pela eficiência de Pablo Vegetti.
Embora Gabriel Taliari, do Juventude, tenha assumido a artilharia com dois gols, foi Vegetti quem mais se destacou entre os centroavantes. Com um gol, uma assistência de cabeça e participação em uma das defesas mais espetaculares da rodada, o atacante foi decisivo na vitória vascaína em São Januário.
O desempenho foi exaltado até por adversários. “Vegetti é o melhor cabeceador que já vi”, afirmou o português Nuno Moreira, autor do gol de empate do adversário.
Desde sua chegada ao Vasco, Vegetti tem sido peça central em campanhas que oscilam entre o sufoco e vitórias suadas. Seu protagonismo contrastou com as falhas de outros atacantes na mesma função nesta primeira rodada.
Falhas decisivas de centroavantes
No Morumbi, Jonathan Calleri desperdiçou uma penalidade na igualdade sem gols entre São Paulo e Sport, o que ampliou a pressão sobre o técnico Luis Zubeldía. Já no confronto entre Flamengo e Internacional, Juninho acertou a trave cara a cara com o goleiro, perdendo a chance de virar o jogo para o rubro-negro — o empate em 1 a 1 foi mantido após ajustes defensivos promovidos por Filipe Luís diante da organização da equipe comandada por Roger Machado.
No Allianz Parque, Flaco López teve nos acréscimos a única chance clara do Palmeiras contra o Botafogo. O goleiro John evitou o gol e manteve o placar em 0 a 0. A equipe carioca, sob comando de Renato Paiva, mostrou recuperação após um início de temporada instável.
As falhas custaram pontos aos favoritos ao título e evidenciaram o peso de oportunidades perdidas em um campeonato que começou nivelado. Ainda que seja cedo para conclusões, o desempenho ofensivo pode ser decisivo desde os primeiros jogos.
Gols, expulsão e demissão: o que mais marcou a rodada
Nem só de erros se fez a estreia dos atacantes. Gabigol, agora no Cruzeiro, começou a competição balançando as redes. Já Hector Hernández evitou a derrota dos reservas do Corinthians diante do Bahia.
A rodada inaugural também registrou a primeira expulsão do torneio. Everton Ribeiro, do Bahia, foi advertido com o segundo cartão amarelo após pisar, de forma involuntária, no calcanhar de Talles Magno, do Corinthians. Mesmo com um a menos, a equipe baiana quase sustentou a vitória na Arena Fonte Nova, mas cedeu o empate.
Outra marca importante foi a primeira demissão: Mano Menezes não resistiu à pressão no Fluminense. Após 13 dias de treinamentos e uma atuação apagada contra o Fortaleza, o técnico foi dispensado antes mesmo da estreia tricolor na Sul-Americana, contra o Once Caldas, na Colômbia. O estopim ocorreu ainda no primeiro tempo da partida, quando o treinador substituiu Serna aos 13 minutos, pediu desculpas publicamente e admitiu o erro. A direção optou por não repetir o risco enfrentado em 2024, quando manteve o técnico mesmo com o time ameaçado na zona de rebaixamento.
Defesa da rodada e provocação de Abel
O goleiro Brazão protagonizou uma das defesas mais impactantes da rodada, justamente diante de Vegetti. Apesar do milagre, não conseguiu impedir a vitória do Vasco.
Já Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, reagiu com irritação à provocação da torcida do Botafogo, que entoou “é campeão” nas arquibancadas. O português aproveitou para criticar até os próprios torcedores alviverdes em mais uma de suas declarações incisivas.