O novo balanço aponta para um nível de violência sem precedentes desde a implementação do cessar-fogo.
Os ataques israelenses mais intensos desde o início da trégua com o Hamas, em 19 de janeiro, resultaram na morte de mais de 330 pessoas na Faixa de Gaza nesta terça-feira (18), incluindo crianças, segundo informações do Ministério da Saúde do território palestino.
O órgão revisou a contagem inicial de vítimas, que superava 200, e confirmou que ao menos 330 pessoas perderam a vida nos bombardeios israelenses.
“O Ministério da Saúde registrou mais de 330 mortos, a maioria crianças e mulheres palestinas, e centenas de feridos, dezenas deles em estado crítico”, declarou Mohamed Zaqut, representante do ministério, à agência AFP.
Após uma noite de ataques intensos, o Exército de Israel determinou a evacuação das áreas próximas às fronteiras da Faixa de Gaza.
A ordem de retirada foi imposta, em especial, às regiões de Beit Hanoun, no norte, e Khirbet Khuzaa, Abasan al Kabira e Abasan al Jadida, no sul. Segundo o porta-voz do Exército israelense para o público árabe, Avichay Adraee, essas localidades foram classificadas como “zonas de combate perigosas”.
Adraee recomendou que os residentes de Gaza busquem abrigo na parte oeste da cidade e na região de Khan Yunis.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, reforçou que as operações militares na Faixa de Gaza continuarão até que todos os reféns israelenses tenham sido libertados.
“Não vamos parar de lutar até que todos os reféns tenham retornado para suas casas e que todos os objetivos da guerra tenham sido cumpridos”, afirmou Katz em comunicado. Entre as metas do governo israelense estão a recuperação dos sequestrados, vivos ou mortos, e a eliminação do Hamas como força militar e política no território.
Diante dos novos bombardeios, o Hamas declarou estar em diálogo com mediadores internacionais na tentativa de conter os ataques israelenses.
“O Hamas aceitou o acordo de cessar-fogo e o aplicou completamente, mas a ocupação israelense renegou seus compromissos (…) ao retomar a agressão e a guerra”, afirmou uma fonte ligada ao grupo.