Após confirmação do ataque, Zelensky cobra medidas internacionais contra Moscou
Na noite da última sexta-feira (7/3), a cidade ucraniana de Dobropillia, situada na região de Donetsk, foi alvo de um ataque das forças russas, resultando em dezenas de vítimas fatais e pelo menos 30 feridos, entre eles cinco crianças. A confirmação do episódio veio diretamente do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que exigiu da comunidade internacional novas sanções contra Moscou. Zelensky classificou o ataque, por meio de sua conta na rede social X, como mais um episódio da “persistente e implacável ofensiva russa, que continua deixando rastros de mortes e destruição no país”.
Na manhã deste sábado (8/3), autoridades militares da Rússia anunciaram que assumiram controle de três povoados na região de Kursk, próxima à fronteira com a Ucrânia. Segundo comunicado divulgado pelo Ministério da Defesa russo, as localidades de Viktorovka, Nikolaevka e Staraia Sorochina foram recuperadas pelas tropas russas após semanas de recuo das forças ucranianas naquela região.
Além das dificuldades enfrentadas no campo de batalha, o governo ucraniano agora lida com uma crescente pressão política internacional. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adotou recentemente uma postura mais dura contra Kiev, anunciando nesta semana a suspensão da assistência militar e do intercâmbio de informações com a Ucrânia. Trump, além disso, tem se aproximado diplomaticamente do presidente russo Vladimir Putin, criticando publicamente o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Apesar dessas divergências, está prevista uma reunião na próxima terça-feira, na Arábia Saudita, entre representantes norte-americanos e ucranianos. Segundo o enviado especial dos EUA ao Oriente Médio, Steve Witkoff, o encontro pretende estabelecer bases para “um acordo de paz e um possível cessar-fogo inicial”.
Trump declarou ainda desejar uma resolução rápida para o conflito, enquanto a Ucrânia demonstra receio de ser forçada a fazer concessões territoriais significativas para agradar Moscou. Na sexta-feira, o ex-presidente norte-americano advertiu a Rússia sobre possíveis novas sanções caso os ataques contra o território ucraniano persistam.
( Com AFP )