Detida em Guaíba, suspeita de envenenamento é encontrada morta dentro da cela
Deise Moura dos Anjos, apontada como a principal suspeita de ter envenenado um bolo com arsênio e causado a morte de quatro pessoas da família de seu marido em Torres, no Rio Grande do Sul, foi encontrada morta na cela da Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba na última quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025.
Antes de sua morte, Deise deixou uma carta expressando ter feito “coisas impensadas”, o que reforça a principal suspeita de suicídio. O delegado Fernando Sodré informou à imprensa que, embora a carta corrobore com a hipótese de suicídio, a confirmação da causa da morte dependerá do laudo do Departamento Médico Legal. O delegado também mencionou que o conteúdo da carta não foi divulgado, mas que Deise demonstra arrependimento e remorso em seus escritos.
A morte da principal suspeita não encerra a investigação do caso do bolo envenenado. Deise é apontada como a única autora do crime, mas não poderá ser formalmente indiciada devido à sua morte. O inquérito sobre o caso deverá ser concluído e entregue à Justiça no dia 20 de fevereiro.
Durante a investigação, foi levantada a hipótese de que Deise sofria de depressão. No dia anterior à sua morte, ela foi informada pelo advogado de seu marido que ele iria encaminhar um pedido de divórcio. O delegado Sodré levanta a possibilidade de que essa informação possa ter desencadeado algum gatilho emocional em Deise, contribuindo para o seu estado de fragilidade.
Relembre-se que Deise era suspeita de ter envenenado a farinha de um bolo de Natal com arsênio. Sete pessoas da família de seu marido comeram o bolo e passaram mal, e três mulheres – Tatiana Denize Silva dos Anjos, Maida Berenice Flores da Silva e Neuza Denize Silva dos Anjos – faleceram. A sogra de Deise, Zeli dos Anjos, e uma criança de 10 anos sobreviveram. A polícia também investigava a possível ligação de Deise com a morte de seu sogro, Paulo Luiz dos Anjos, ocorrida em setembro de 2024.
Atenção: Em casos de pensamentos suicidas, é crucial buscar ajuda especializada. O CVV (Centro de Valorização da Vida) oferece apoio 24 horas por dia, 7 dias por semana, através do telefone 188, e-mail, chat ou atendimento presencial.
