O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta quarta-feira (15) que o governo está analisando a adoção de “providências, inclusive criminais”, contra a disseminação de informações falsas relacionadas ao Pix.
Em conversa com jornalistas, Haddad destacou que as ações seriam direcionadas tanto a propagadores de fake news quanto a pessoas envolvidas em golpes contra usuários do sistema de pagamento instantâneo.
“Há golpes sendo dados no comércio, de uma pessoa querer pagar em Pix e se cobrar mais do que quem está pagando em dinheiro, por exemplo. Então, pode caracterizar crime contra a economia popular”, explicou o ministro, ressaltando que a Advocacia-Geral da União (AGU) já foi acionada para atuar no caso.
Combate a crimes e fake news
O ministro enfatizou que a propagação de fake news tem alimentado atividades criminosas, como o envio de boletos falsos ou cobranças indevidas, além da disseminação de informações inverídicas sobre a taxação do Pix.
“Quem está divulgando fake news está patrocinando organizações criminosas no país, que estão atuando, mandando boleto para a casa das pessoas, cobrando a mais indevidamente, dizendo que está sendo taxado quando não está. Então, tem havido crimes envolvendo relações de consumo. Isso está na órbita da AGU. O presidente pediu providências judiciais, as cabíveis, evidentemente, na forma da lei, e nós vamos tomar providências em relação a isso”, afirmou Haddad.
Suposto impacto no uso do Pix
O ministro também comentou uma análise publicada pelo jornal O Globo, que sugeria uma queda no uso do Pix em razão das informações falsas. Haddad discordou dessa interpretação, argumentando que o comportamento observado pode ser explicado por fatores sazonais.
“Quando você pega a sazonalidade, em janeiro caem as transações em Pix, na comparação com dezembro,” explicou o chefe da pasta econômica.
Origem das fake news
As informações falsas sobre uma suposta cobrança pelo uso do Pix começaram a circular após a Receita Federal anunciar que monitorará transações que excedam R$ 5 mil por mês para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas.
O governo tem reforçado que o sistema de pagamento continua gratuito para pessoas físicas e está tomando medidas para evitar o impacto das fake news na confiança e no uso do Pix.
Da Redação/Click News/Terra