ENXUGANDO GELO
* Por Jeverson Missias de Oliveira
Falo hoje sobre enxugar gelo. Isso mesmo. Você acha que isso dá resultado prático?
Alguns governadores tentam aprovar decretos antecipando feriados e com isso fazer com que atividades econômicas entrem em recesso, no intuito de diminuir a quantidade de pessoas expostas à possibilidade de contatos.
Seria uma espécie de mini lockdown.
Entretanto falta coragem dos legislativos de aprovarem medidas consideradas amargas. Alguns parlamentares chegam a afirmar que talvez futuramente seja mesmo uma medida necessária. Não entendo isso. Talvez futuramente?
Estamos vivendo o pior momento da pandemia. O coronavírus rejuvenesce. A cada dia aparecem novas cepas mais letais. Hospitais e profissionais de saúde Brasil afora estão exauridos. Não há mais capacidade de atendimento.
Enquanto não atingirmos um percentual desejável de pessoas vacinadas não vejo outra solução. O que vem acontecendo é a economia sangrando e sem medidas efetivas para estancar esse sangramento.
A parada pelo período em que a ciência afirma ser o de inoculação do vírus, em torno de 14 dias, com certeza terá um impacto econômico bem menor do que o meio a meio, como estamos fazendo. Meio que funciona…meio que fecha. A continuar assim, teremos uma situação econômica muito pior….
As atitudes mais radicais ainda são tímidas em algumas cidades. Mas é um começo. E os resultados já apresentados são amplamente satisfatórios.
Espera-se que a anunciada mudança de postura do governo federal no trato com a pandemia seja mesmo uma realidade. Que seja mesmo verdade que o ministro Marcelo Queiroga tenha liberdade de ações. E que o comitê de enfrentamento à crise que vivemos, tenha mesmo o claro objetivo de uma ação coordenada nacionalmente.
Falta postura e coragem de assumir maiores responsabilidades.
Só assim vamos parar de bater cabeças e ficarmos a enxugar gelo.

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