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Goiânia bate novo recorde de calor no ano com 39,6°C e faz população buscar formas para se refrescar

A onda de calor voltou a bater recorde em Goiânia. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os termômetros registraram máxima de 39,6ºC no domingo (15), a maior temperatura do ano na capital. Para fugir do tempo quente, a população abusa da criatividade e lista alternativas, como panos molhados para amenizar a baixa umidade do ar e vários banhos por dia.

O novo índice supera os 39,2°C registrados no sábado (14) e que até então ocupavam o topo do ranking de 2017. Segundo a chefe do Inmet em Goiás, Elizabeth Alves, apesar do forte calor, as temperaturas não chegaram a superar a marca histórica de 2015.

“Este ano está mais quente do que o ano passado, mas não chega a ser a maior da história. Ano passado as temperaturas atingiram no máximo 37ºC em outubro. Já em 2015, no dia 17 de outubro, chegou a 40,4ºC”, explicou ao G1.

A máxima prevista para esta segunda-feira (16) é de 38ºC, com umidade variando entre 15% e 60%. O Inmet prevê para a próxima quinta-feira (19), ocorram chuvas isoladas, principalmente no extremo sudoeste de Goiás. Já na capital, a possibilidade é pequena, beira os 40%. “Já para sábado e domingo a possibilidade é maior”, analisa Elizabeth.

Para fugir do calor, Altair revela que chega a tomar 8 banhos por dia (Foto: Sílvio Túlio/G1)Para fugir do calor, Altair revela que chega a tomar 8 banhos por dia (Foto: Sílvio Túlio/G1

A meteorologista explicou porque os meses outubro, considerados de transição, são tão quentes. “Já temos um quantitativo de chuva, mas também a presença forte da massa de ar seco, que impede a chegada de frente fria vindo do sul e da umidade vinda do norte do país. Com isso, o tempo fica seco e a radiação é mais direta, porque não tem nuvens. Tudo isso faz a temperatura aumentar”, detalha.

8 banhos por dia

Diante do forte calor, os moradores de Goiânia buscam alternativas para se refrescar. Quem tem ar condicionado, usa e abusa do aparelho – apesar do já esperado aumento na conta de luz. Mas existem outras opções. O servidor público Altair Luís Gonçalves, de 47 anos, por exemplo, praticamente não saiu debaixo do chuveiro durante o domingo (15).

“Eu tomei uns oito banhos. A cada 2h, eu entrava debaixo da água para me refrescar. Aí garantia pelo menos uns 30 minutos sem suar”, disse ao G1.

Rodrigo diz que venda de cocos aumenta no calor, mas também pede chuva (Foto: Sílvio Túlio/G1)Rodrigo diz que venda de cocos aumenta no calor, mas também pede chuva (Foto: Sílvio Túlio/G1)

Ela afirmou que o forte calor também influencia na prática quase diária de atividade física. As caminhadas são realizadas bem cedo, antes do sol sair, para evitar a exposição. “Quando começa a esquentar, vou mais devagar, pela sombra”, afirma.

Para a babá Ivanete Rodrigues de Sousa, 46, nem mesmo o ventilador está sendo uma opção. Ela diz que o vento que sai do aparelho está quente. Por isso, ela se vira com outras opções.

“Ave maria, o calor está muito forte. Até a água que sai da torneira está quente. Para amenizar a baixa umidade, sempre coloco uma toalha molhada nos quartos antes de dormir e evito andar no sol”, explica.

Até para quem depende do calor para ganhar dinheiro não quer uma temperatura tão baixa. O vendedor de cocos Rodrigo Moreira, de 30 anos, diz que, em geral, a comercialização do produto aumenta 45% quando os termômetros sobem. Mas nem isso o deixa tão confortável.

“Bebo uns dez litros de água por dia, molho o rosto o tempo todo e deixo o ventilador ligado quando estou em casa. O calor é bom, mas se não chover, o coqueiro nem cresce. E depois da chuva, sempre vem mais calor também”, pondera

Sol forte faz moradores de Goiânia inovarem nas formas de fugir do calor (Foto: Sílvio Túlio/G1)Sol forte faz moradores de Goiânia inovarem nas formas de fugir do calor (Foto: Sílvio Túlio/G1)
Por Sílvio Túlio e Vitor Santana, G1 GO

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