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Chineses da Pacific Energy arrematam usina de São Simão por R$ 7,1 bilhões

SÃO PAULO – A Spic Pacific Energy, de capital chinês, levou a Usina de São Simão por R$ 7,180 bilhões, um ágio de 6,51% sobre a outorga mínima. Essa era a hidrelétrica de maior capacidade e maior valor a ser arrecadado pelo governo federal no leilão das quatro usinas da Cemig realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta manhã em São Paulo. Um grupo de sindicalistas contrários à venda protesta em frente ao prédio da B3 (ex-BM&FBovespa), onde ocorre o leilão.
A usina de São Simão está localizada no Rio Paranaíba entre Minas Gerais e Goiás. Para esse lote, a Aneel havia fixado uma outorga mínima de R$ 6,7 bilhões. A usina tem capacidade de geração de 1,7 gigawatts de potência.
Enel Brasil, o consórcio Engie Brasil e Aliança Geração Energia (parceria entre Vale e Cemig) são os outros participantes do certame, mas eles não apresentaram proposta pela São Simão. O nome das empresas participantes do consórcio Engie Brasil ainda não foi divulgado.
A usina de Jaguara teve como empresa vencedora a Engie Brasil, que deu um lance de R$ 2,171 bilhões, 13,59% acima do valor mínimo de R$ 1,9 bilhão. Ela disputou a hidrelétrica com a Enel, que ofereceu valor inferior (R$ 1,917 bilhão). A unidade de geração de energia está localizada no Rio Grande, entre Minas e São Paulo, e tem potência instalada de 424 megawatts.
A Usina de Miranda também foi arrematada pelo consórcio Engie Brasil, que ofereceu R$ 1,360 bilhão pela hidrelétrica localizada no Rio Araguari (capacidade de 408 megawatts). O valor representa um ágio de 22,4% sobre o valor mínimo da outorga de R4 1,1 bilhão. A Enel também apresentou proposta, mas com um valor inferior, de R$ 1,279 bilhão. A Aliança e a Spic Pacific não entregaram proposta por Miranda.
O governo espera arrecadar ao menos R$ 11 bilhões com as outorgas de concessão por 30 anos das quatro hidrelétricas – recursos que irão contribuir para o esforço de ajuste fiscal. A Geração Energia é uma empresa formada pela Cemig e pela Vale, ou seja, a empresa mineira ainda tenta manter parte de seus ativos.

Estão sendo leiloadas as usinas de São Simão (GO/MG), Jaguara (MG/SP), Miranda (MG) e Volta Grande (MG/SP), que juntas possuem uma capacidade instalada de quase 3 gigawatts.
Os participantes do leilão entregam os envelopes de propostas para os quatro lotes (cada usina é um lote). Caso a diferença entre as propostas fique inferior a 5%, o certame vai para o viva-voz e sairá vencedor quem oferecer o maior valor.
As quatro usinas que fazem parte do leilão voltaram para as mãos da União porque a Cemig optou por não aceitar as condições de renovação que passaram a vigorar a partir da medida provisória 579, de 2012. Na ocasião, o governo de Dilma Rousseff estabeleceu que as concessões a vencer nos anos seguintes seriam renovadas por mais 20 anos, mas as tarifas que passariam a vigorar seriam menores. A estatal mineira não acatou aos novos termos e chegou a entrar com uma liminar para barrar o certame, mas o Superior Tribunal de Justiça (STJ) derrubou essa liminar, garantindo o leilão. Na noite de ontem, o STF também negou pedido para retirar a usina de Miranda desse certame.
por Ana Paula Ribeiro e Ana Paula Machado/O Globo

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