Após recuperação do lago, Parque Cascavel volta a atrair visitantes em Goiânia

“O lago tinha morrido. É uma satisfação muito grande ver o local revivendo. Estava muito abandonado, sem manutenção”, opina o autônomo Leonardo Campos, de 41 anos.

A Agência Municipal Meio Ambiente (Amma) concluiu nesta semana a primeira fase das obras de desassoreamento do lago do parque, localizado na divisa dos setores Jardim Atlântico, Vila Rosa e Residencial Privê Atlântico. A obra custou R$ 150 mil.

A psicóloga Telma Souza Silva, de 35 anos, e o marido, o comerciante Alexandre Batista Rodrigues, de 34, voltaram nesta semana a fazer caminhada e a levar os filhos ao parque. Ela conta que por cerca de três anos parou de frequentar o local por insegurança.

“Procuramos outros parques para ir porque, geralmente, saímos mais no fim da tarde, e eu tinha medo de vir. Até o mato estava alto. Ainda tem pouca iluminação e pouca segurança”, afirma a psicóloga.

Leonardo, que mora na Holanda, mas vai diariamente ao parque quando está no Brasil, também reclama da falta de guardas. “Venho para orar, refletir e não trago absolutamente nada, nem o celular. Nunca vi policiamento”, reclamou.

A professora Camila Blumenschein, de 34 anos, foi ao parque com o filho, João Miguel, de 2, pela primeira vez na última quarta-feira (23). Para ela, o lago aumenta a vontade de passear no parque, mas pondera que ainda é necessária a manutenção.

“É muito bom o lugar, mas ainda está um pouco abandonado. Os brinquedos do parquinho precisam de reparos, faltam bancos”, enumera.

O presidente da Amma, Gilberto Marques Neto, explicou que todas essas reivindicações devem ser atendidas, pois estão previstas no plano de revitalização do Parque Cascavel. A expectativa é de que o trabalho fique pronto para o aniversário de Goiânia, em 24 de outubro.

Neto afirmou que está prevista a instalação de 60 bancos, 60 lixeiras e 140 luminárias. Antes disso, a vegetação prejudicada por causa da obra de desassoreamento será recuperada.

O presidente explicou que deve começar em breve a construção de uma barreira de contenção nas proximidades do lago. A obra será realizada em parceria com a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra) e a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO).

“Será construída a barreira de contenção, antes do início das chuvas, para evitar que detritos cheguem ao lago e que problema se repita como vem acontecendo nos últimos anos. A determinação do prefeito é que o problema [assoreamento] seja resolvido definitivamente”, afirmou.

Para que o problema do assoreamento seja resolvido definitivamente, Neto afirma que é preciso construir uma galeria, mas isso não terá como ser feito neste momento. “É necessário para que o grande volume de água que entra siga pelo leito sem passar pelo lago”, explicou.

Em relação à segurança do parque, Neto afirma que o programa Parque Mais Seguro visa solucionar o problema. Segundo ele, 30 carros já foram entregues à Guarda Civil Metropolitana para que atenda aos 40 parques da cidade.